O presidente da Atapers. João Darcy Resende, celebrou o tema da redação do Enem 2025: “reconhecimento necessário a uma pauta cada vez mais urgente”.
O presidente da Atapers (Associação dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul), João Darcy Resende, celebrou o tema da redação do Enem 2025: “Perspectiva acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. Para ele, a escolha é um reconhecimento necessário a uma pauta cada vez mais urgente.
Ampliação do debate
“Parabenizo o Ministério da Educação e todos os órgãos envolvidos pela escolha do tema. Esperamos que, a partir de agora, tanto o poder público quanto a sociedade civil ampliem as discussões e promovam ações concretas que garantam os direitos das pessoas idosas”, destacou Resende.
A força da economia prateada
Segundo o presidente da Atapers, o Brasil vive um momento de transformação demográfica que exige novos olhares e políticas mais sensíveis. “O IBGE aponta que, em 2030, a população idosa ultrapassará o número de crianças e adolescentes. Com isso, surge a chamada ‘economia prateada’, impulsionada pelo poder de consumo das pessoas com mais de 60 anos. É um mercado em plena expansão, que movimenta diversos setores e revela o protagonismo dos idosos na economia nacional. ”
Preocupação latente
O dirigente alerta para os desafios que acompanham o envelhecimento populacional. “O que nos preocupa é o impacto nas contribuições previdenciárias, pois teremos mais pessoas recebendo e menos contribuindo. É preciso refletir com urgência sobre o futuro da Previdência e das políticas de amparo social. Os desafios crescem a cada ano e exigem planejamento e responsabilidade coletiva”, enfatiza.
Plano estratégico de inclusão
Para Resende, é fundamental que a s entidades representativas — associações, federações e a Confederação Nacional dos Aposentados — compreendam a nova realidade e atuem de forma propositiva. “Sem engajamento e diálogo com os governos, não haverá avanço nas políticas públicas voltadas aos idosos. Precisamos construir um plano estratégico de inclusão, que valorize quem ajudou a construir este país. Envelhecer deve ser sinônimo de continuidade, dignidade e respeito, jamais de exclusão ou esquecimento”, finaliza.
