Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Ministro estaria insatisfeito com acusações contra o STF
O ministro Luís Roberto Barroso, que deixou a presidência da Suprema Corte na tarde ontem, admitiu que avalia se aposentador do cargo. Barroso ainda pode permanecer como ministro até 2033, data em que completará 75 anos e terá de se aposentadoria de forma compulsória. No entanto, surgiram rumores de que ele estaria querendo abreviar a aposentadoria para ainda este anos, após passar o cargo de presidente da Corte para Edson Fachin.
Nos bastidores, Barroso estaria insatisfeito com os recentes embates entre o STF e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O chefe da Casa Branca acusa o Supremo de ativismo político e de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A situação ficou mais grave quando o governo norte-americano aplicou a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes e a esposa dele. Os Estados Unidos ainda disseram que outros ministros do STF também estariam sujeitos à sanção.
“Estou há 12 anos e mais de três meses e posso ficar ainda mais oito anos. É muito difícil deixar o Supremo, que é, para quem gosta do Brasil, tem compromissos com o Brasil, como eu tenho, é um espaço relevante. Mas há outros espaços relevantes na vida brasileira, de modo que eu estou considerando todas as possibilidades, inclusive a de ficar”, disse o ministro após evento do Fórum Empresarial Lide, em Brasília.