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Derrame articular compromete a função da articulação e exige diagnóstico preciso

Publicada em: 22/09/2025 08:52 -

Avaliação clínica e exames complementares são essenciais para definir a conduta médica

 

O derrame articular, também conhecido como "água no joelho", é o acúmulo anormal de líquidos dentro de uma articulação, podendo ser sangue, pus ou líquido sinovial. Essa condição provoca sintomas como dor, inchaço, rigidez e limitação de movimentos. Embora possa atingir várias articulações (ombros, tornozelos, quadris, cotovelos), o joelho é o mais afetado, por ser amplamente utilizado em atividades como andar e correr.

Como reconhecer

Os principais sinais incluem inchaço, dor ao se movimentar, rigidez, calor local, vermelhidão e dificuldade para realizar tarefas simples. Em casos mais graves, pode haver febre, mal-estar, fraqueza e formação do cisto de Baker (nódulo atrás do joelho). Diante desses sintomas, é essencial buscar avaliação com um ortopedista para diagnóstico e tratamento precoce.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito com base nos sintomas e exame físico da articulação. O médico também investiga histórico de traumas ou doenças articulares. Exames como ultrassonografia, raio X e ressonância magnética podem ser solicitados. Quando necessário, realiza-se a punção do líquido da articulação para análise laboratorial, especialmente se houver suspeita de infecção ou doenças inflamatórias.

Principais causas

As causas são variadas: lesões traumáticas (pancadas, fraturas, entorses) são comuns. Movimentos repetitivos, frequentes em atletas e profissionais como operários ou enfermeiros, também favorecem o quadro. Doenças inflamatórias crônicas como artrite reumatoide, gota, lúpus e artrose estão frequentemente associadas. Infecções bacterianas (artrite séptica) e até tumores também podem causar derrame articular.

Tratamentos

O tratamento depende da causa e da gravidade. O repouso é geralmente a primeira medida. No caso do joelho, mantê-lo elevado ajuda a reduzir o inchaço. Compressas frias por 15 a 20 minutos, duas a três vezes ao dia, aliviam dor e inflamação.Imobilização com faixas ou órteses pode ser indicada. Medicamentos anti-inflamatórios como ibuprofeno ou diclofenaco são comuns. Se houver infecção, antibióticos são essenciais. Em doenças autoimunes, podem ser usados imunossupressores ou agentes biológicos.

Fisioterapia e procedimentos médicos

A fisioterapia é essencial na recuperação, auxiliando na reabsorção do líquido e na mobilidade articular. Os exercícios devem ser supervisionados, podendo incluir alongamentos, mobilização, ultrassom terapêutico, eletroestimulação e crioterapia.

Nos casos mais graves, pode-se realizar uma punção (artrocentese) para retirar o excesso de líquido e aliviar a dor. Outra opção é a aplicação de corticoides, como a cortisona, diretamente na articulação.

Se o tratamento conservador não for suficiente, pode ser indicada a artroscopia, procedimento minimamente invasivo com câmera para remoção de tecidos inflamados ou danificados. Em casos avançados, como na artrite reumatoide grave, pode ser necessária a artroplastia, cirurgia que substitui a articulação por uma prótese metálica, cerâmica ou de polietileno.

 

Por Assessoria de Comunicação
Foto Divulgação

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