Afirmação do presidente do Corede Norte, Paulo Giollo, na abertura do 26º Encontro Anual de Avaliação e Planejamento dos Coredes do Rio Grande do Sul, que contou com a presença de lideranças de todo Estado e pela primeira vez foi realizado em Erechim
Pela primeira vez, Erechim sediou o Encontro Anual de Avaliação e Planejamento dos Coredes do Rio Grande do Sul, que reuniu representantes dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), nesta sexta-feira (21), no Salão de Atos da URI, para a sua 26º edição, que homenageou o ex-governador, Alceu de Deus Collares, idealizador dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento. Os Coredes foram legalmente constituídos, em 1994, contemplando 28 regiões do Estado.
Estavam presentes, na abertura, o presidente do Corede Norte, Paulo Giollo, prefeito de Erechim, Paulo Polis, presidente da AMAU, Vannei Mafissoni (Delfim), diretor do Fórum da Assembleia Legislativa, Ronaldo Zuchi, reitor da URI representando o Comung, Arnaldo Nogaro, presidente do Fórum dos Coredes, Idioney Oliveira Vieira. Também se fizeram presentes prefeitos da região, lideranças públicas, empresariais, entidades, cooperativas e imprensa.
Corede Norte
O presidente do Corede Norte, Paulo Giollo, ressaltou que esta é a primeira edição do evento em Erechim, um encontro obrigatório dos Coredes, que ocorre todos os anos, para discutir alternativas para o desenvolvimento das regiões. “É uma alegria receber várias regiões, neste encontro importante, pra gente discutir e avaliar o que foi feito neste ano”, afirma ele.
“Além de melhorar a Consulta Popular, distribuição dos recursos e o planejamento estratégico, reponsabilidade dos Coredes, temos trabalhado muito no turismo e muitas outras aplicações de recursos em diversas áreas e setores. O Corede faz a ligação do governo do Estado com as regiões, ele está sempre presente no trabalho de desenvolvimento das regiões. É um exemplo de organização civil reconhecido pela ONU. As comunidades decidem onde investir, estrategicamente, para desenvolvimento da região”, ressalta Giollo.
Na avaliação do presidente do Corede Norte, Paulo Giollo, este é um modelo muito bom, mas há pontos, questões, a serem acertadas. “Uma delas é agilizar o pagamento do governo do Estado das demandas já definidas. Estamos trabalhando muito nisso junto com a Famurs e já está repercutindo tendo alterações”, ressalta Giollo.
Prefeito de Erechim
O prefeito de Erechim, Paulo Polis, disse que o Encontro Anual de Avaliação e Planejamento dos Coredes é um espaço que vai muito além dos investimentos. “Quando se tem um espaço, um Fórum como este, com tantas entidades, gente competente, iniciativa privada, setor público, cooperativas, Assembleia Legislativa, governo estadual, prefeituras, universidades, entidades, muitas pessoas capacitadas e qualificadas, um local para discussão de ideias, isso vai muito além de um espaço para escolher investimentos, porque aqui é um espaço democrático, que reúne pessoas e apontam caminhos. Nunca houve um momento tão apropriado para nós discutirmos que Estado nós queremos e como queremos este Estado. É a partir destas discussões que vamos identificar como é que nós queremos o desenvolvimento sustentável do Estado do Rio Grande do Sul”, destaca o prefeito.
Amau
O presidente da AMAU, Vannei Mafissoni (Delfim), disse que dentro da Amau há muita troca de ideias entre os prefeitos, pra tentar fazer gestão pública da melhor maneira. ”Então, comparamos município com município, região com região, Estado com Estado, país com país. São muitas situações que ocorreram, no passado, que travou o Rio Grande do Sul. Precisamos ser práticos com relação a isso”, disse.
Ele ressalta que as estradas do Rio Grande do Sul são da época da Toyota Bandeirante. “Nós precisamos muito de infraestrutura. O empresariado paga imposto, o consumidor também, nós todos pagamos impostos, e, infelizmente, a máquina é muito grande. O Rio Grande do Sul, infelizmente, ficou pra trás, em muitos aspectos. Temos um caminho bom com o atual governo que está no Rio Grande do Sul. Não vim, aqui, pra falar de política, nem de afinidade com um ou com o outro, mas me parece que o Rio Grande está tendo uma nova pegada de desenvolvimento. E estes encontros são muito importantes pra discutir, efetivamente, o que cada região precisa, o que cada lugar necessita, o que cada município precisa. Que tenhamos todos um bom evento e que, efetivamente, traga melhorias para a nossa gente que tanto precisa disso”, destaca o prefeito.
Assembleia Legislativa
O diretor do Fórum da Assembleia Legislativa, Ronaldo Zuchi, disse que, nesta missão de coordenar os trabalhos da Assembleia Legislativa, o presidente, Pepe Vargas, decidiu propor uma discussão para toda a sociedade gaúcha, que leva como conceito básico a ideia de que o crescimento sustentável é agora. “É quase unânime, na sociedade gaúcha que a crise climática está aí cobrando o seu preço. E ela exige, de todos nós, uma reflexão profunda sobre o futuro do Rio Grande. Não é mais possível continuarmos pensando o desenvolvimento do Estado nos mesmos padrões de antes”, observa Zuchi.
Ele enfatiza que é preciso atualizar a visão que se tem a respeito do desenvolvimento e encontrar o ponto de equilíbrio com a necessidade de desenvolver economicamente o Estado. “É preciso, portanto, recuperar a capacidade do Rio Grande voltar a crescer e crescer com sustentabilidade. O Fórum Democrático da Assembleia Legislativa vai realizar um intenso debate em todo o Estado, envolvendo todos os setores para pensar sobre o crescimento sustentável do Rio Grande do Sul”, afirma Zuchi.
Reitoria da URI
O reitor da URI, Arnaldo Nogaro, representando o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), falou em nome do presidente do consórcio e das 14 universidades comunitárias do Rio Grande do Sul, que tem trabalhado muito junto ao governo estadual e ao governo federal, no sentido de sensibilizar estes dois segmentos em relação ao reconhecimento da importância das universidades comunitárias. “Muitas delas estão há mais de 50, 60 anos, como foi dado o exemplo aqui da FAPES, que estava antes da fundação da URI, sediando importantes entidades, fortalecendo a nossa sociedade com pesquisa, ensino e extensão. E, muitas vezes, as lideranças passam, são substituídas, mas estas universidades permanecem nos seus espaços desenvolvendo o seu trabalho”, comenta Nogaro.
O reitor destaca que as universidades comunitárias não possuem um dono, que são fundacionais e que foram criadas com o objetivo do fomento à ciência, à tecnologia, ao desenvolvimento regional. “Nós estamos pedindo a força de vocês, das lideranças políticas, lideranças comerciais e empresariais, para que a gente consiga sensibilizar o governo do Estado, para que este recurso previsto na Constituição do Estado chegue até as universidades comunitárias, porque investir em educação vai ser a diferença a médio e longo prazo”, disse Nogaro.
Fórum dos Coredes
“Eis-me aqui cumprindo uma missão, que, em determinado momento, o mestre, um dos mestres que me acompanha, Paulo Borges, me disse, tu és um plantador, tu estás sempre plantando, mas me vejo aqui, nesta manhã, acompanhado por dezenas de semeadores, semeadores de ações e de políticas públicas, capazes de transformar a vida, de uma pessoa, ou de uma centena de pessoas. Cada Corede que se faz aqui presente, cada cidadão, liderança que aqui está é também um plantador, um semeador de boas proposições”, disse o presidente do Fórum dos Coredes, Idioney Oliveira Vieira.
CREDENOR
O Corede Norte, anfitrião do 26º Encontro foi criado em 16 de agosto de 1991 e instalado nas dependências da FAPES, hoje, URI Erechim, em solenidade que contou com a presença do então governador, Alceu Collares.